pensamento solto.


já dizia... que ninguém vive o amor impunemente. todo mundo sai ferido. é como se fosse uma lei. você doa, cede, recebe... e por ai vai. pode ser uma relação de 8 anos que se desfaz como alguém que picota o guardanapo molhado. joga fora e parte pra outra. chega a morena, sofre acidente de carro, quase cai do penhasco e com poucos anos se casam, constituem família e vivem juntos até hoje. pode ser uma relação curta, de uma noite apenas, que não tenha toques, carícias mas, com certeza, muitas mentiras envolvidas, poucas dicas trocadas, nenhuma informação dada. apenas o sabor misturado ao prazer de conversar, beber um pouco a mais e rir da sujeira do olho alheio. fingir que está tudo bem, quando se tem uma tormenta por dentro, que ninguém sabe como conter pra não virar catástrofe nacional. a água impulsiona os instintos mais fortes, faz jorrar, faz tremer, faz não perceber que você tá sozinha no mato, sem ninguém pra proteger.
amanhece. o sapato coberto de barro, sangue na blusa, dá bom dia a cavalos e continua suja. o telefone parece nunca tocar, a bateria dura. mas quando precisa... nem sinal, fim dos créditos, a bateria morre. não deixa nem um suspiro pra ver as horas. fuma um cigarro observando a paisagem que já faz parte da rotina. nada de novo. tudo na mesma. as conversas, as pessoas, as roupas e as ladainhas.
entre diferentes facetas você encontra, um ser humano repleto de energia, com alegria de viver que se mistura com a vontade do descanso final. não adianta rezar, neguim arromba a porta do mesmo jeito, com ou sem proteção de deus.


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