ele gritava alto. pro mundo todo ouvir. revirava os olhos e batia na mesa, como se fosse um juiz de direito. mas nada era direito. ele sentia que ia explodir se, repentinamente, não saísse correndo, atropelando carros com seus pés, tamanho 46, e matando pessoas com as palavras e pequenos olhares. parava por um tempo, sentava no meio fio imaginário e tentava respirar. mas quando se dava conta observava que estava com uma camisa de força e com uma máscara de gás. 'vou morrer', pensava ele. 'ou já estou morto?', indagava. nem um, nem outro. sua mente lhe pregava peças, ora cômicas, ora dramáticas. e não percebia que ele era um mero ator do seu próprio roteiro.



Comments

Luize said…
nossa! eu lendo seu texto me bateu um desespero... ashuiiuashiuashuisa xP

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