ela perguntou a ele coisas sobre a vida. ela não respondeu, nem com mentiras. ele... balbuciou pequenas frases, sem sentido, em busca de respostas. ela permaneceu estática, fria. como quem não quer se revelar. ele, ali... pronto pra se entregar. o tempo generoso parecia estar pregando peças. já era final de ano e, até então, nenhuma promessa. os planos dele tomaram outros rumos, havia deixado de lado já que tinha um grande muro. os dela, ainda, estavam vivos, falava da viagem e o quanto seria difícil, por causa da crise. ele queria saber mais... datas, horários, endereço, telefones.... ela não sabia... 'tudo plano. tem que esperar', dizia. ele, com o coração e a alma na mão, não aguentava esperar. não sabia o que pensar, nem o que falar. se abria a boca e desabafava os sentimentos, como balas de canhão em mar aberto, ou ficava quieto, sereno, deixando o tempo falar o que seria da vida a partir daquele momento. ela... bem... ela... creio que ela tentava se esconder, pra não machucar ou se perder.




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