logo de manhã foi atormentada pelo vizinho, que reclamava da vaga com sombra da vizinha. delicadamente ela bateu à porta da vizinha e disse que retiraria o carro novo da sombra, que assim ela poderia colocar o antigo possante descansando sobre o frescor das pequenas árvores.
o vizinho recebeu palavras de baixo calão na mente que fazia manobras em busca de uma vaga próxima. ele, cheio de rancor nas pernas, um leve sorriso no rosto que não a enganava. era irônico, os olhos não mentiam.
ele achou estar fazendo um favor, mas não. criou discórdia dentro do peito da moça que, muito educada, faz o possível para que energias negativas não entrem em seu ser, pois já tinha demais. não precisava de mais. ele entrou pra lista dela. ela ainda não sabia qual o nome dessa lista, mas haveria de encontrar um bem apropriado.
a vizinha não quis a vaga, deixou o antigo carro onde estava.
ao reestacionar o novo carro, a moça passou pelo vizinho e agradeceu a recomendação. ela só esperava que ele compreendesse o sarcasmo e o tom de voz. além de não ser acometida durante seus sonhos pelo vizinho com rancor nas pernas.


Comments

Ana Klarissa said…
maior data que vc não escreve...

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