o dia raiou, com o sol anunciando o fechamento da temporada. o mato verde convidava a chegar mais perto, os registros na memória, a barraca do vizinho escutando as conversas no sense de cinco humanos transtornados. nenhum barulho, nenhum movimento.
o resto do dia foi de pura reclusão, cortinas cerradas, sem vento, sem som, apenas a TV para imitar a presença de pessoas, dois travesseiros bastam e muita poças de baba. a cabeça sua, o pé encardido, o cérebro derretido. o dia passou, a tarde foi embora sem ninguém reparar. o banho ficou pra noite, assim como a ida ao banheiro e algo pra forrar o estômago. 
"uma coca gelada, por favor!", era o que tinha sonhado na noite que antecedia a rotina severina.
o cheiro de suor permaneceu no corpo, na roupa, no recinto. na memória só um sorriso estampado, vívido, cheio de paz e carinho.



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