Em meio a poltronas vazias lá estava eu, tentando seguir um rumo sem clamar a Deus.
“Chega de lamentações”, era o que escrevia na carta recém enviada para a amiga que mesmo longe me parece mais próxima que tantas pessoas ao meu lado.
A vida já não é mais a mesma.
As cores se desbotaram, ficou somente um quadro machado do que era para ser. Inacabado.
Mal pintado. Porém, tempos atrás repleto de esperanças e sonhos, que foram apagados, comidos pelo destino que não sabia mais qual o caminho que trilhava, pois agora nem eu nem a mão invisível do destino controlava.
Fui deixada ao léu por mim mesma. Agora só ando com os meus fantasmas que atormento e por momentos me deixam a sós. Me tranco dentro de mim e o dia que resolvo abrir a porta, parece que a menina de anos atrás está viva, mas tudo não passa de algumas horas regadas a bebida.
Quando a menina sai da clausura não agrada muitos, só os que com ela não convive.
Aborrece, faz coisas sem pensar e por instantes não se importa, mas quando a calmaria retorna percebo que a menina não passa de uma memória, pois eu não sou mais como ela.
Ela é uma parte escondida de mim, hoje sou outra.
Esquálida, branca, sem vida e sem cores, sem o brilhos nos olhos que aquela menina, que vive aqui dentro, tem.
Ranzinza, quase uma velha da juventude. Uma velha na juventude.
Seria isso possível?
A vida realmente nos transforma, nos envelhece antes mesmo do período cronológico bater a porta?
Pode ser uma fase, uma nuvem negra colada com super bonder sobre a minha sombra ou pode ser a vida, mostrando sua caveira com olhos fundos que vejo no reflexo do espelho.
Canso.
Canso de correr, de pensar, de falar, de explicar, de sonhar, de amar, de viver.
“Chega de lamentações”, era o que escrevia na carta recém enviada para a amiga que mesmo longe me parece mais próxima que tantas pessoas ao meu lado.
A vida já não é mais a mesma.
As cores se desbotaram, ficou somente um quadro machado do que era para ser. Inacabado.
Mal pintado. Porém, tempos atrás repleto de esperanças e sonhos, que foram apagados, comidos pelo destino que não sabia mais qual o caminho que trilhava, pois agora nem eu nem a mão invisível do destino controlava.
Fui deixada ao léu por mim mesma. Agora só ando com os meus fantasmas que atormento e por momentos me deixam a sós. Me tranco dentro de mim e o dia que resolvo abrir a porta, parece que a menina de anos atrás está viva, mas tudo não passa de algumas horas regadas a bebida.
Quando a menina sai da clausura não agrada muitos, só os que com ela não convive.
Aborrece, faz coisas sem pensar e por instantes não se importa, mas quando a calmaria retorna percebo que a menina não passa de uma memória, pois eu não sou mais como ela.
Ela é uma parte escondida de mim, hoje sou outra.
Esquálida, branca, sem vida e sem cores, sem o brilhos nos olhos que aquela menina, que vive aqui dentro, tem.
Ranzinza, quase uma velha da juventude. Uma velha na juventude.
Seria isso possível?
A vida realmente nos transforma, nos envelhece antes mesmo do período cronológico bater a porta?
Pode ser uma fase, uma nuvem negra colada com super bonder sobre a minha sombra ou pode ser a vida, mostrando sua caveira com olhos fundos que vejo no reflexo do espelho.
Canso.
Canso de correr, de pensar, de falar, de explicar, de sonhar, de amar, de viver.
20H03
16-11-2007
16-11-2007
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