não sei o que falar, pois não sei o que sinto
sinto que preciso de ar, espaço...
e de um copo de absinto
que desce como palavras quentes
na pele rescém nascida
que arde sem saber
e conhece a saída
que fica bem atrás de nós
só é preciso se virar
mas a coragem nesses momentos
sempre há de falhar
e quando vem a calmaria
rimos e sorrimos
em meio a uma tempestade fria
que camuflo com maquiagem
a espera de que algo mágico
me salve dessa berlinda
que eu mesma criei
mas agora sem saída
não sei...
que rumo tomo ou se fico
estagnada, nessa paisagem
que não me passa nada
a não ser uma filme velho
diante dos meus olhos
da vida que fui
e que insisto em repetir
sem ao menos me dar
uma chance de fugir

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