Mais uma dose de paciência
(como aquela música "mais uma dose, é claro que eu tô afim...")

Eu peço encarecidamente, mais uma dose de paciência, pois a última que tomei já acabou o efeito.
Quanto mais ficamos dependentes de alguma coisa, mais a duração do efeito é reduzido, engraçado, isso acontece com tudo e com todos. Menos mal, não é o mundo que conspira contra mim e sim minha paciência.
Onde será que posso encontrar um poço de águas limpas cheia de paciências, como se fossem seres, um bichinho, bonito, verdinho que dá na água (como diria nosso Jorge Ben Jor), preparados para entrar na consciência de um ser humano e proporcioná-lo a incrível sensação que a paciência dá. É, se não descobriram o elixir da juventude até hoje, posso esperar por um bom tempo até que descubram a fonte da paciência.
Coisa boba, mas importante. Se você a perde todos notam, mas se você a controla... ah... nem faz diferença. O importante é você estar sempre bem, não com você e sim com os outros.
Todo mundo busca um sorriso no rosto, bem receptivo, bem aberto, que mostre todos os dentes de preferência, achando que dessa maneira você fica mais paciente com as pessoas, igual a ordem da mãe para o garoto que não quer sorrir para a foto: “Dá um sorriso, menino, vamos lá!”, quase biliscando o pobre coitado.
Estamos acostumados a nos forçarem a ser gentis, e o ato ou denominação de gentileza não pode surgir de nehuma pressão ou força bruta (nem moderada ou leve) e sim da vontade própria de ser gentil, delicado, ..., nem sempre é fácil mas pelo menos é uma tentativa sem dor, por livre e espontânea vontade.
Vontade de mandar todo mundo para as alturas, explodir um pequeno espaço que contenha bastante gente (não se assuste, eu não sou terroristra e nem prego a violência, de forma alguma, entendam esse parágrafo como desabafo de uma voz que não pode falar em alto e bom tom).
Doses e doses de paciência, é assim que eu preciso me manter diariamente, senão posso entrar em combustão e isso não será nada bom.
Será que tem um santo padroeiro da paciência? Sem querer fazer alusões religiosas, tudo bem se não tiver, eu não rezo mesmo.
O emblema que carrego ao invés de me trazer satisfação, orgulho, bem-estar, hunf... pelo contrário, me parece um fardo, o qual dependo para sustentar as vontades dos pequeninos seres que vivem dentro de mim. O que fazer? Eis a questão. Ser livre, feliz, satisfeita e totalmente vivendo do livre-arbítrio mas sem o famoso “faz me rir” ou não?

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